Foto: Wellington Hugles
Mesmo com as denúncias publicadas
em edição anterior do Diário de Carajás, a Prefeitura Municipal de Tucuruí, contínua
a autorizar os sepultamentos clandestinos no Cemitério Parque Tucuruí,
localizado no Km 3 na Rodovia Transcametá.
Mesmo o prefeito Sancler
Ferreira estando consciente das suas responsabilidades com a ação de liberação
dos enterros em uma área que ainda tramita o pedido na Secretaria de Meio
Ambiente do Pará, da licença ambiental e de utilização da área para servir como
cemitério público.
A prefeitura vem diariamente
dando condições para que as famílias enterrem seus entes queridos em um
cemitério que está em construção há três anos, e o que é mais grave, não possui
autorização legal e de direito para os enterros, colocando as famílias em uma
situação de grande constrangimento, haja vista, não ter na cidade nenhum outro
cemitério público que esteja em condições para absorver os sepultamentos, sendo
necessário que os cadáveres sejam enterrados em uma área de litígio.
É fato, que a maior problemática
na área do novo cemitério é com a ação do tempo, com isso, a possibilidade da contaminação
dos mananciais, que ficam ao redor de toda a área, inclusive, é fato que pode
ser observado a “olho nu”, que no projeto original teria que ter uma proteção
de concreto nos jazigos, mas, o que se observa e que os féretros estão sendo
enterrados na “flor da terra”, e a desculpa de que a área e formada por pedras,
e impossível à existência, haja vista, o local esta servindo de retiradas de
aterro pela própria prefeitura, e se houvesse pedras nunca seria possível a
retira deste material, muito menos sabendo que a 100 m antes do cemitério existe
um manancial na entrada da área com olho d’água.
Outra mostra da ação
desenfreada dos discernimentos contra o meio ambiente, são as valetas de escoamento
das águas, todas são canalizadas ao igarapé do Km 4, nascente do Igarapé Santos
que abastece a cidade com água potável.
Nesta terça-feira (3), se
registrou o oitavo sepultamento irregular, os familiares estão acompanhando os
sepultamentos, mesmo observando que no local esmo, não se tem a mínima
estrutura de um Cemitério Parque.
Segundo a prefeitura no caso
de calamidades públicas o município lança mão para realizar os sepultamentos,
mas, neste caso nunca seria uma calamidade pública e sim a falta de governo, isso
porque uma obra que séria construída em seis meses já ultrapassou três anos e
até o momento nada foi finalizado, nem mesmo a licença ambiental foi expedida.
Os coveiros não param na ação
de abertura das covas, e no sepultamento dos mortos.
Até o momento nem o Ministério
Público do Estado, Câmara Municipal de Vereadores e a Secretaria de Estado de
Meio Ambiente não tomaram nenhuma providência no sentido de coibir os
sepultamentos clandestinos com a sua interdição imediata, até a finalização dos
estudos e a liberação da Licença Ambiental, com isso, garantindo maior tranquilidade
a população que não estarão expostas ao risco de no futuro próximo, estarem
consumindo água em suas torneiras com contaminação com necrochorume.
Os cemitérios, como qualquer
outra instalação que afete as condições naturais do solo e das águas
subterrâneas, são classificados como atividade com risco de contaminação
ambiental.
A razão disso é que o solo em
que estão instalados funciona como um filtro das impurezas depositadas sobre
ele.
O processo de decomposição de
corpos libera diversos metais que formam o organismo humano, sem falar nos
diferentes utensílios que acompanham o corpo e o caixão em que ele é sepultado.
O principal contaminante na
decomposição dos corpos é um líquido conhecido como necrochorume.
Áreas ocupadas por cemitérios
exigem a necessidade de monitoramento contínuo do solo, águas, superficiais e
subsuperficiais, levando em conta que essas unidades são sempre fontes
potenciais significativas de contaminação.
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