sábado, 2 de junho de 2012

Pará já registrou 20 casos de doença de Chagas


Todos os dias, o açaí está presente na mesa de milhares de famílias paraenses. Mas, o fruto que proporciona o saboroso alimento pode oferecer riscos à saúde. Muitos casos da doença de Chagas são registrados anualmente devido a transmissão via oral, inclusive por conta do açaí contaminado.
“A partir do mês de junho, os casos costumam aumentar, a safra do açaí aumenta e a demanda de consumo é maior entre a população. O problema não é o fruto em si, mas o processamento dele”, diz Elenild Góes, coordenadora Estadual de Controle da Doença de Chagas.
O Pará, junto com o estado do Amapá, é um dos campeões em número de ocorrências da doença, segundo informações do Ministério da Saúde. De 2006 a 2012, foram 803 casos no Pará. Somente este ano, já foram registrados 20 casos da doença no Estado, dos quais um óbito. Belém e Abaetetuba costumam ser as cidades que apresentam a maior incidência de contaminados.
Transmitida por um inseto, conhecido como barbeiro, a doença de Chagas tem como principais sintomas febre, mal estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos e aumento do fígado e do baço. Em Belém, o hospital de referência para tratamento da doença é o Barros Barreto. Se diagnosticado com doença de Chagas, o paciente precisa se submeter a cinco anos de acompanhamento médico.
CUIDADOS
O preparo do açaí deve ser cercado de cuidados para evitar a transmissão da doença. O consumidor precisa estar atento à higiene no manuseio do fruto. “Primeiro, o açaí precisa passar pela peneira, para retirar as sujeiras. Depois, passa por três lavagens e pelo processo de branqueamento, que é mergulhar o fruto em água quente (80ºc) para depois bater”, explica Elenild. O processo garante o aumento na qualidade final do produto. “A população deve e tem a obrigação de fiscalizar seus pontos de venda”, ressalta.Um levantamento realizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) aponta os bairros do Jurunas, Pedreira e Guamá como os que mais registraram casos de doença de Chagas em Belém. De 2006 a 2011, foram 28, 23 e 18 casos, respectivamente. (Diário do Pará)

Um comentário:

  1. nas ilhas do marajó existem sim o barbeiro inseto, mais em contaminação com o açai ainda nunca foi constatado, desconheço caso de doença de chagas gerado na fonte ou seja na casa do ribeirinho, principalmente os de nosso município desconheço. mais na capital o atravessador pega esse açai, manuseia de acordo com a higiene de seu local de trabalho, não há uma preocupação em lava-lo, fica ele jogado ao chão até chegar a vez dele ir para a maquina é preciso verificar isso.

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