Helena Pignatari que é historiadora disse uma vez que “um povo sem história é um povo sem memória”. Ter conhecimento sobre o nosso passado e de grande importância - pois é o passo seguinte - que vai possibilitar um futuro melhor.
Pensando nisso hoje apresentei uma Indicação a nossa Ministra da Cultura Ana de Hollanda, a qual sugere que o Ministério faça o registro do queijo do Marajó, o queijo de búfala, e sua técnica de fabricação como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro.
A Ilha do Marajó, localizada no Estado do Pará, entre os rios Amazonas, Tocantins e o Oceano Atlântico é a maior ilha fluviomarinha do mundo.Devido às suas características naturais, a ilha configurou-se como um território propício à criação de búfalos, que lá chegaram em 1895 pelas mãos de fazendeiros portugueses e franceses. O leite das fêmeas desses animais deu origem a um queijo característico e famoso na região.
Por sua leveza, o “Marajó”, como é chamado pelos paraenses, é considerado o queijo favorito dos habitantes daquele Estado e de muitas regiões vizinhas. Produzido artesanalmente em recipientes de madeira ou plástico, o queijo fica estocado por vinte e oito dias antes de ser liberado para consumo.
De sabor mais agradável ao paladar por ser feito com leite cru, e não pasteurizado, os benefícios do queijo de Marajó para a saúde dos consumidores são muitos, uma vez que ele possui 33% menos colesterol do que os outros queijos e contém gorduras não saturadas, que fazem bem ao organismo.
O surgimento de um queijo típico como este, pode levar muitos anos, quem sabe séculos, para que ocorra. No Brasil, o queijo mineiro, também feito com leite cru na Serra da Canastra, em Minas Gerais, já está registrado. É este reconhecimento que buscamos para o queijo de Marajó, de forma a certifica-lo com denominação de origem e valorizá-lo como produto típico nacional.
Temos conhecimento de que o IPHAN vem realizando levantamento sobre os bens culturais do Marajó, ocasião em que sugerimos que se preserve a tradição do queijo de búfala lá fabricado, bem como da técnica empregada em sua fabricação, como salvaguarda dessa importante manifestação cultural do povo paraense e do nosso país.
Precisamos valorizar nossa cultura e nossa identidade.
Era o que eu tinha pra dizer, meu muito obrigado.
Miriquinho Batista
Deputado Federal – PT/PA
informações enviadas pela Assessoria de Imprensa do
Deputado Federal Miriquinho Batista - PT/PA
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