quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Grupamento Fluvial prende 12 por desvio de eletrônicos no Marajó

Produtos apreendidos
O Grupamento Fluvial de Segurança Pública, por meio da Delegacia de Polícia Fluvial, deu cumprimento a 12 mandados de prisões de pessoas envolvidas em um esquema de desvio de produtos eletrônicos que eram transportados em balsas que navegam nas regiões das ilhas do Marajó e de Belém. Em poder dos presos, diversos objetos saqueados das embarcações foram recuperados em decorrência da operação policial, que teve na coordenação os delegados Dilermando Dantas e Felipe Schmidt, e contou com a Companhia Independente de Polícia Fluvial e ainda apoio do delegado Thiago Dias, titular da Delegacia de Muaná. As ordens judiciais foram expedidas pelo juiz Deomar Barroso, da Comarca de Abaetetuba, como resultados de mais um ano de investigações policiais. 
Para prender os envolvidos no esquema, os policiais estiveram na zona rural de Muaná e São Sebastião da Boa Vista, onde percorreram as localidades de furo do Jararaca e Ponta Negra, e em áreas insulares de Belém. Segundo o delegado Dilermando Dantas, a Delegacia de Polícia Fluvial vem investigando o desvio de cerca de 2,5 mil televisores de última geração, de tamanhos que variam de 32 a 60 polegadas. As vítimas dos crimes são as empresas Passarão e Linave, transportadoras responsáveis em levar os produtos da origem ao destino. Os saques ocorreram entre os municípios de Curralinho e Muaná, no Marajó.
O delergado conta que, na região do furo do Jararaca, algumas tripulações violam os lacres das carretas que são transportadas pelas balsas entre Manaus e Belém, e, fazem contatos com moradores. Após contato, elas começam a atrasar o comboio para passar naquela região à noite. Assim, outra embarcação menor encosta nas balsas e os televisores são retirados e colocados nas embarcações de menor porte. A ação criminosa conta com apoio de alguns barqueiros que fazem o transporte dos televisores para as cidades de Abaetetuba, Cametá, Limoeiro do Ajuru, Breves e Afuá, onde são vendidos em lojas maiores desestabilizando o comércio local. Com o andamento das investigações, os envolvidos no esquema foram identificados e tiveram suas prisões requeridas à Justiça.
Ao todo, 18 pessoas tiveram as ordens de prisão decretadas. Seis delas permanecem foragidas. Em Belém, foram presos sete tripulantes e dois vigilantes envolvidos no esquema. Já, no furo do Jararaca, foram presas mais três pessoas da região. Os tripulantes presos são Sérgio Marinho Reis, Cloves dos Santos Jacob, Antonio Rodrigues de Souza, Osmar Garcia do Nascimento, Adelane Silva Rineiro, Raimundo Meireles Paiva Junior e Maria dos Santos Alves, que trabalhavam no empurrador Jean Filho L, da empresa Passarão. Os dois vigilantes presos são Marcelo Cunha de Lira e Glaucio Souza da Silva, da empresa Bertillon. Já, na região do furo do Jararaca, foram presos Reginaldo Campos Silva, de apleido "Baixinho", Anderson Paula Nunes, de apelido "Beco", e Juraci Paula de Matos, que irão responder por comércio ilegal de combustível.
APREENSÕES Além dos eletrônicos recuperados, foram apreendidos ainda 6,6 mil litros de óleo diesel desviados de balsas que trafegam pelo rio Pará. Conforme o delegado, na noite do último dia 11, a equipe da Delegacia de Polícia Fluvial localizou nas matas, atrás da vila do Jararaca, 17 televisores de LED de 48 polegadas e Plasma de 50 polegadas, Na ocasião, foi preso em flagrante Cleiton Barbosa Costa. Após a prisão, foi desencadeada a operação na região da Ilha do Capim, que culminou com as prisões.
Para o delegado, a integração das Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros Militar torna possível alcançar os números positivos de prisões de envolvidos em crimes na regiões de rios do Pará. "Foi um ano com muitas prisões e apreensões, como os 25 mil litros de óleo diesel e de gasolina ilegais; os 3.113 mil metros cúbicos de madeira apreendidos; as 10 armas de fogo tiradas de circulação durante operação, entre outras apreensões realizadas no ano. No total de operações, 47 pessoas foram presas, um terço delas em operações conjuntas com a Divisão de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) e Delegacia de Gurupá. Os acusados são envolvidos com crimes de pirataria, contrabandis, comércio de óleo ilegal e receptadores de produtos eletrônicos. Houve, ainda, em 2013, o cumprimento de 33 mandados judiciais de busca e apreensão e apoio na transferência de presos e para equipes de peritos para trabalhos no interior do Pará, principalmente no Marajó.

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