terça-feira, 4 de setembro de 2012

Eleição 2012: O povo está aprendendo com os políticos


Caros amigos portelenses,

Nunca fui de esconder minhas opiniões a respeito dos políticos da minha terra, assim como também nunca gostei daquele jogo de fechar acordos com dois candidatos ao mesmo tempo - isso falando de um tempo em que era comum termos apenas dois candidatos e é bem sabido que esse jogo continuou por muito tempo até que mataram dois candidatos que tentaram modificar o curso da história. Hoje, como são seis, é bem provável que existam pessoas com acordos com pelo menos seis desses candidatos.

A hipocrisia de que falo acima não faz parte de minha história de vida, sendo que defini com clareza minha antipatia e simpatia por este ou aquele candidato. Mas não é a toa que nosso povo reage assim. Tenho ouvido as pessoas, oriundas da cidade e do interior, falar quase em uma só voz que se hoje se comportam assim é fruto do ensino que os políticos proferiram nos últimos tempos. A ameaça, o voto de cabresto, o coronelismo light, a perseguição, a retaliação, etc... como se pudesse conquistar a simpatia e a amizade de alguém através da força e da pura ignorância.

O que se poderia esperar disso tudo? Estamos criando gente covarde, amedrontada e, por outro lado, o reflexo da ação inescrupulosa de políticos que não oferecem o que se espera tanto deles: liberdade, desenvolvimento, emprego, educação, saúde, entre outras necessidades ditas básicas. Não se propõe medidas macros, resultando em meras ações paliativas, com resultados pífios, sobretudo amparados no assistencialismo.

A nossa categoria, a da educação, está muito preocupada com o futuro da SEMED - Secretaria de Educação -, desde que não se sabe quem será o/a secretário/a a ocupar o setor que mais recebe dinheiro do governo federal. Houve, inclusive, um grupo que manifestou essa preocupação já faz mais de um mês e pretendia deixar bem claro aos atuais candidatos que já não podemos conviver com aberrações de atitudes na educação, que é um espelho para o povo eleitor. Ora, em visita ao interior, constato que não houve construções de escolas e as que Elquias Monteiro deixou não foram retocadas nem reformadas, como se o dinheiro do povo fosse daquele administrador. Preferiu-se, contraditoriamente, alugar um prédio da comunidade para, no sentido de colocar amarras políticas no caboclo, não construir nada. Quando a coisa ficou preta, aí veio a construção de algumas escolas, como a do Castanhal. 

Eu deveria ter me calado? Ficar acovardado como os outros que dizem que isso que fiz e faço é loucura? Está errado. Está tudo errado. Alguém ainda tem coragem de dizer que está 80% melhor do que antes? Ora, no passado secretários como Graça Lima, José Ribamar, Édna Maués, etc, não tiveram o aporte de verbas que hoje faz qualquer um parecer o tal em termos de melhorias, construção de escolas.... Mas não é o que se vê. Falta merenda escolar, o transporte é precário (muitas vezes crianças são os comandantes das embarcações, pois o pai foi fazer outra coisa) e não sou eu que digo isso: é o povo e as próprias constatações, que só não vê quem não o quer.

Diante de tudo isso, senhores e senhoras, ainda existe alguém que espere de um eleitor um pingo de confiança? Se fosse o contrário, em vez do político se desgastar durante o período eleitoral, tratasse bem das coisas públicas, o eleitor é que estaria correndo atrás do candidato. Quem está nessa situação? Eu sinceramente não conheço ninguém que seja o herói municipal a tal ponto. Chega até um absurdo o povo chiar ao ver que alguém finalmente abriu os portões da casa ou a janela do carro com películas, tudo para agradar ao povo de quem tanto se escondeu nos últimos três anos. Ficou por aqui e continuou com mais assuntos dessa natureza nas próximas horas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...